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Insurgentes

Domingo, 25.05.14

Em dia de eleições, mesmo as Europeias, pareceu-me pertinente este post...

 

Chegou-me às mãos o livro O Economista Insurgente, de Miguel Botelho Moniz, Carlos Guimarães Pinto e Ricardo Gonçalves Francisco. Os autores contribuem para um blog chamado Insurgente, ao que parece controverso, e chega-nos agora este texto escrito a três mãos que pretende explicar, trocado por miúdos, - e até eu que não percebo nada disto entendi melhor muito do que aqui é discutido - questões tão simples ou tão complexas como Por que é que os professores estão sempre a protestar? Porque é que os transportes públicos funcionam tão mal em Portugal? Porque é que não se conseguem cobrar dívidas? Ou ainda: Porque é que temos salários tão baixos e ainda dizem que têm de ser mais baixos?

 

As respostas a algumas destas questões têm por vezes um pendôr ideológico que poderá incomodar alguns, mas no geral posso dizer que aquelas satisfazem na sua análise do tempo e do contexto sociológico de cada mudança recente na política portuguesa, e das consequências dessa mesma mudança para o momento presente e futuro.

 

Muitas das razões por detrás de coisas como o custo do ensino público vs privado, ou a razão porque temos um  preço tão elevado do combustível e tantas discrepâncias dentro da mesma marca, ou ainda porque é que parece que faltam médicos quando a nossa média per capita é superior à europeia, fizeram-me pensar. Não sei se isto é bom ou mau, uma vez que a minha linha de pensamento levou-me a uma conclusão algo desmoralizante: isto está tôrto, e é de origem. Instalou-se o vício, a ganância, o favoritismo e regra geral podemos dizer que nem se trata desta ou daquela ideologia, de comunismos, socialismos ou liberalismos, mas sim de um sistema prevalecente no Mundo: a Plutocracia. Encontrem onde está a maior concentração monetária, e encontrarão a bússola para onde apontam as decisões políticas. Acresce que a democracia, sendo o melhor sistema imperfeito que o Homem inventou para se governar, assenta num princípio que já o economista Medina Carreira (a quem tantos, nos tempos das vacas gordas, gostaram de chamar Velho do Restelo) denunciava como falacioso e perigoso: a popularidade. Quem souber coçar melhor a comichão ao povo, ganha mais votos. 

 

É claro que - e eu avisei - tudo isto nos deixa com um sabôr amargo na bôca e uma sensação de desesperança que pode ser suficiente para evitar que se recomende tais leituras a quem quer que seja. Mas como o sistema da avestruz parece também não trazer grande alívio a médio prazo...mal por mal, prefiro saber. E se você também, então recomendo a leitura deste Economista Insurgente, editado pela Esfera dos Livros.

 

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