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A Nice é naice!

Sexta-feira, 28.02.14

Há muito tempo que ando para escrever um post sobre a minha amiga Nice...parece-me chegada a hora. A Nice é professora. A Nice é professora de Matemática. Ok, o post podia ficar por aqui, já que estas duas características da Nice já seriam tremendas o suficiente para eu lhe dar destaque. Mas há mais uma coisinhas que quero dizer...

Conheci a Nice na igreja de que faço parte - a Igreja Anteriormente Conhecida Como Igreja Baptista de S. Domingos de Benfica - que agora se chama Igreja Evangélica Baptista da Lapa, do Pastor Tiago Cavaco. Esta igreja tem a peculiariedade de não separar as crianças dos adultos durante os cultos...ou seja, ou se portam bem e não fazem barulho...ou se portam bem e não fazem barulho. Para muitos que nos vão visitando, tanto de outras igrejas como de nenhuma, isto é sempre motivo de perplexidade. Como é possível manter os miúdos sossegados quando se fala de assuntos que os ultrapassam, de crenças que ainda não partilham ou não entendem, e como se consegue o tal sossego durante quase 2 horas, sentados em bancos claramente feitos para Puritanos de gema? Lembro-me que, nos primeiros meses que vistei a igreja, isto me parecia completamente impossível. Confesso até que, enquanto o Kyle reclamava às vezes ruidosamente dentro de um salão com (então) menos de 30 m2, me sentia muitas vezes embaraçada e às vezes até irritada por não terem pensado em separar os miúdos dos crescidos...não fazia sentido. E aqui é que eu creio que houve uma mudança no meu paradigma.

Até então, eu acreditava - sem me aperceber - que devemos fazer o mundo à imagem das crianças. Parece mal? À partida, não. Principalmente quando as crianças são ainda bebés, sou completamente a favor de que tudo seja o mais possível pensado nas necessidades inerentes a um ser que ainda não diferencia o seu Eu do dos outros. Sou completamente contra métodos como o Estivill, por exemplo, que parecem ignorar a razão antropológica pela qual fez e fará sentido que um bebé necessite de dormir perto da mãe, e que acorde durante a noite para ter a certeza que a sua cuidadora continua ali, disponível. Para mim é claro que há uma fase da vida durante a qual é bem melhor que o bebé seja o centro daquele pequeno universo, e que as razões porque os pais parecem pensar o contrário têm mais a ver com o ritmo selvagem das nossas vidas, que não se coadunam com uma parentalidade feliz. Mas pensem comigo: não é curioso que quando os seres humanos precisam de total atenção para se tornarem seguros e felizes todos parecem estar interessados em ler livros e escutar conselhos que os ajudem a criar recém-nascidos autónomos (!), e quando eles crescem e começam a precisar de disciplina e correcção os pais mandam os livros e os métodos às urtigas e fazem tudo a olho? Exagero? Julgo que não. Sinto todos os dias esse puxão, essa vontade de dizer sim  quando quero dizer não, de dar quando já sei que devia reter, de liberar quando o problema pede condicionamento. E falho muito, como todos os pais. Mas como dizia, algo está a mudar em mim. Os facilitismos e os atalhos não se coadunam com a puericultura (e até acho que é isto mesmo que são os tais métodos...) e quando nos vemos no papel de intermediário entre o Mundo e o nosso filho, nada pode ser feito inconsequentemente. Sem pregar, mas já pregando, é isto mesmo que a Bíblia nos diz no livro de Provérbios: «ensina ao teu filho o caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele...». Como dizemos em Cristianês, esta palavra tornou-se rhema na minha vida. Ao insistir em ter as crianças connosco durante todo o culto, foi isto mesmo que a minha igreja me ensinou. Ao invés de isolar, incluíu. Ao invés de acomodar, instruíu. Eu aprendi, e o Kyle também. Mas o que é que isto tem a ver com a Nice? Pois...é que apesar de tudo, nem sempre consigo que o Kyle aceite estas condições, especialmente quando a Lia, que é uma menina da mesma idade com que o Kyle, com quem ele tem uma afinidade especial, se senta connosco. Tão especial que invariavelmente dá em discussão por causa de um brinquedo ou coisa afim. Isto até eu descobrir a fórmula certa: Nice + Kyle + Lia = Mamã descansada. E aqui vai o meu louvôr a professores como a Nice, que emanam uma autoridade natural (ou espiritual?) que as crianças reconhecem e respeitam. É vê-los sentadinhos, sossegados, a brincarem civilizadamente ou cada um para seu lado, mansinhos como cordeiros...ao princípio, até me deixou um bocado vexada ver que, com a Nice, os meninos eram uns anjinhos. Abençoada.

Por isto mesmo, fiquei muito feliz ao ver que a Nice, mais uma professora desempregada mas com 10 anos de experiência, tinha decidido não deixar que a falta de colocação não desse em falta de trabalho. A página do facebook é A Nice Explica, e até tem um site:

 

www.aniceexplica.net.

 

Além de ser uma professora 5 estrelas, também tem esta carinha querida:

 

A Nice Explica

 

Deixo-vos o conselho de mãe: se os miúdos precisam de ajuda na escola, vão ter com ela - A Nice Explica!

 

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Mesmo que fique parado...

Terça-feira, 04.02.14

A minha amiga Bertha Perez é uma mulher cheia de energia, que se levanta às 5 da manhã para orar por pessoas que às vezes mal conhece...é uma das minhas heroínas, sem dúvida. Ex-militar do Exército colombiano, casada com um Pastor evangélico espanhol e a viver em Portugal, parece não ter fim o número de actividades que a Bertha inicia e com as quais se compromete de coração. Uma delas dá pelo nome de Adan Portugal, ou Associação De Acção social para o Necessitado. O nome é bastante expressivo - é simplesmente uma ONG que desenvolve projectos que vão ao encontro de necessidades como vestuário, calçado, cuidados de saúde, (enfim, coisas básicas a que todos devíamos ter acesso) de determinadas populações mais fragilizadas, como por exemplo as pessoas com deficiência. Uma das acções mais regulares da Adan é a viagem a Marrocos, que acontece em Abril, e que mais uma vez este ano vai poder contar com voluntários das mais variadas áreas, especialmente a saúde. Sei pelos relatos que me chegam que esta oportunidade é uma verdadeira benção...também para os voluntários. É óbvio pelas fotos e vídeos que nos trazem que há muito a fazer, que as dificuldades são enormes, que seria muito mais fácil ficar em casa à espera que outros resolvam o que está mal no mundo...mas que algo acontece quando nos desafiamos para fazer algo talvez um pouco assustador e até arriscado, quando nos sujeitamos à possibilidade até de sermos alvo de troça ou descrédito, para simplesmente nos colocarmos na brecha por quem raramente tem voz para se defender a si mesmo. Se pensa que tem o que é preciso para fazer face a estes desafios - ou se pensa que não tem, mas ainda assim quer tentar - porque não fazer parte deste grupo? O melhor mesmo é contactar a Adan, e para isso assista a este vídeo que fiz para si...há muitas maneiras de ajudar mesmo que fique onde está!

 

My friend Bertha Perez is a very energetic woman, who gets up at 5 in the morning to pray for people that she sometimes barely even knows...she is undoubtedly one of my heroes. A former officer of the Colombian Army, married to a spanish evangelical Pastor and now living in Portugal, there seems to be no end to what Bertha can do, or to the level of commitment that she's capable of. One of her projects is an ONG called Adan Portugal - Social Action Association for the Ones in Need. The name is pretty expletive - it's simply an ONG that develops projects that meet the most basic needs like clothes, shoes and medical care (things that we should all have) of vulnerable populations, like people with disabilities. One of their most regular events is their trip to Morocco, which happens in April, and that includes volunteers that specialize in health care, but not only. I've been told that this opportunity is truly a blessing...also for the volunteers. It's pretty obvious when you look at their photos and videos that there's a lot of need out there, that you have to jump through all kinds of obstacles, that it would be so much easier to just sit on your couch and let someone else fix what's wrong with the world...but something happens to you when you challenge yourself beyhond your abilities, when you do something that's a little scary and maybe even risky, when you subject yourself to the possibility of being mocked or dismissed, simply to stand in the gap for the ones that have no voice to be heard. If you think you have what it takes to meet these challenges, or that you don't but you'd still like to help - why not be part of this group? The best thing you can do is contact Adan, and to know how just watch this little video I made for you...there're many ways to help even if you stay where you are!

 

 

 

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Fim-de-semana com os bichos

Sábado, 01.02.14

Este vai ser um post rapidíssimo só para vos fazer uma sugestão de fim-de-semana: o Petfestival está de volta! Ali mesmo, nos pavilhões 3 e 4 da FIL, em Lisboa, até dia 2 de Fevereiro, a partir das 10 da manhã, com entrada grátis para as crianças até aos 10 anos (5 euros para todos os outros, mas se entrarem até às 13.00 custa 4 euros). Lá vão poder ver uma mostra de associações e empresas ligadas aos cães, gatos, cavalos, cabras, galinhas, répteis e outras bichezas. É uma tarde bem passada, e potencialmente livre de conflitos...se conseguirem evitar a área das adopções, claro. Se por acaso é isso mesmo que querem, encontrar um bichinho para adoptar e aprender alguma coisa mais sobre como tratar deles (através das acções da Animalife, por exemplo), então é este o sítio certo. Há demosntrações várias a acontecer, inclusivé de empresas que seguem o método do Cesar Milan (o Encantador de Cães da SIC Mulher) e que trabalham na área da reabilitação de cães e pessoas, que ajudam crianças com dificuldades na fala, com autismo e trissomias várias, enfim...não faltam os exemplos de como os bichos podem ajudar e muito aqueles que são os seus cuidadores e não só. Também pode aproveitar para conhecer associações com a Animais de Rua, que promove as esterilizações dos bichos sem dono, e a Entre Gatos, que tem por lá um gatito chamado Mr. Jinks que é do mais querido que há...e o diminutivo é uma força de expressão, é um gatarrão mesmo. Há um ano que foi recolhido por esta associação com uma pata magoada e desde então que têm tentado que seja acolhido para um bom lar, onde tenha o lugar que merece. Posso dizer que é um dôce de gato, que me deixou com imensa vontade de mandar a sensatez às urtigas e trazê-lo para casa...o marido é que não deixa. Para vocês que têm um coração de manteiga, cá vão umas fotos para derreter o dito...sorry.

 

Começamos pela doninha americana (já não-fedorenta) de nome Matilde;

 

Esta não lhe sei o nome, mas também não me parece que ela respondesse à chamada...

 

 

Uma lagartixa amorosa...

 

 

Uma demonstração do uso de cães para a terapia da fala nos humanos;

 

 

Alguns dos gatos que a Entre Gatos tem para adopção, já devidamente esterilizados e vacinados...

 

 

 

 

E agora, cá está ele, Mr. Jinks! Como é possível que ainda ninguém o tenha levado?

 

 

Espero que ainda possam visitar o Petfestival, acreditem que é quase tudo o que vi me deixou bem-disposta. O que não gostei, prefiro não partilhar aqui...mas uma parte está no meu canal do MEO, o Favtv.

 

Bom fim-de-semana!

 

 

 

 

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